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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo.  Romanos 10.9-10,13.

domingo, 23 de setembro de 2012


Rios inteiros

Comparar os seus lábios,
A dois grandes rios,
Me colocam como o oceano,
Que aceita ser evadido,
E absorve você em meu ser,
Salgado e doce,
Em um só estado físico,
Assim toda noite.

Tuas pernas,
Tão grandes e prosperas,
Como o amanhecer e aquecer do dia,
Trás consigo em tempos,
Meses de chuvas e melancolia,
Mas como toda mulher,
A mãe natureza também se afina,
Em bordões,
Igual ao barulho do mar,
E toda a sua vida marinha.

Ahh,
Minha mulher,
Minha vida.

Cristian Lentz

Tão pouco me interessa

É uma notícia que vem em minha janela,
A história correu a polícia,
Mas tão pouco me interessa,
O telefone toca na cozinha,
E eu taco o pão na torradeira,
Não é muito cedo,
Mas mesmo assim a vida não espera,
O meu pente por mal me escabela,
Atordoado com a rotina dos carros,
E a hora de bater o ponto errado,
Trabalho mais um dia maquinado,
Mais um dia se encerra,
E eu quebrado,
Ouço chegar a minha janela,
A notícia daquele fato,
Que tão pouco me interessa,
A morte do delegado,
Que até racista era,
Escovo os dentes,
E deito exausto,
Pois fora as luzes e sons da cidade,
Amanhã tudo recomeça,
o mesmo legado,
o mesmo trabalho forçado,
Que tão pouco me interessa.

Cristian Lentz

quinta-feira, 20 de setembro de 2012


Momentos de entrega.

O breve tom da tua voz,
Encante-me como o soprar do vento no peito,
A vela incinerando o fim bem lento
E as tuas mãos que me tocam com talento,
Enquanto o dia é frio,
Os seus pés frios
E seu lábios quentes.

Brinco de caminhar com os dedos pelo o seu corpo,
Minha calma expressa o que sem pressa
Espero ansioso,
O momento de soprar a vela,
E apagar a chama que a revela,
Tão séria, tão bela,
E assim você se entrega.

Cristian Lentz

terça-feira, 18 de setembro de 2012


Primavera ao inverso

Estava ventando,
E eu calado não entendia
Por que o dia passava tão rápido,
E a luz do farol tão longe ia,
Como a chama da vela que queima cera
Em um pires trincado na prateleira da cozinha,
Eu estava,
Vendo ventania, chuva de primavera que tarda,
Mas quando vem é em grande contia.

Cristian Lentz

Temporal

Ouço o barulho dos pássaros ainda de madrugada,
Caminho em passos pequenos e a luz apagada por toda a casa,
Prefiro ir assim até a geladeira para ver se tem
algo que molhe a minha garganta seca para mais além.

Promessas e confissões me veem a cabeça,
no momento em que o raio se lança e clareia tudo, desde a
porta do banheiro até a lareira,
Eu vejo sombras, eu vejo tudo criar formas, cinza, preto e
vermelho, em passos largos eu venho embora.

Minhas mãos tremem, minhas pernas se enrolam,
a voz tímida do vento, bate na janela e entra
calmamente pela fresta,
Vai murmurando uma musica triste,
com título "a tempestade que tu nunca viste".

Tão demorada e avassaladora,
com efeito dominó, vai transformando a cidade
em uma lagoa.
Essa chuva me obriga a fazer do papel uma canoa,
para transitar sem sair de casa,
aonde eu imagino o mundo caindo e continuo
em uma boa.

Cristian Lentz

segunda-feira, 10 de setembro de 2012


Denise

Te encontrar foi como descer em gotas das nuvens
e tocar o mar.
Aquela imensidão que parecia tão distante e com um fino risco
no horizonte,
precisava de alguns milímetros de água doce para voltar a ser
como antes.

Tão azul e cristalina, os cardumes são como os teus pensamentos e a maré como a sua rotina.
A rotina que eu quero para a minha vida,
poder me banhar em águas salgadas e estar entre os corais
que representam grande parte da sua harmonia.

Aonde o vento sopra e as tuas ondas batem com força contra os paredões e me faz feliz ver a tua orla repleta de animais procurando felicidade nos verões.

É aqui que eu quero estar, sempre sonhei com este momento,
É aqui que eu vou ficar, porque é aonde eu me sinto bem o tempo inteiro.

Agradecer a Deus pelo o jeito que cheguei até você e como gota da chuva, no momento que eu evaporar, levarei você comigo para sempre, meu amor, Denise.

Cristian Lentz

Sobre vida.

Poucas pessoas se questionam sobre o que realmente se "enquadra" em um momento de angustia, o que realmente salva as pessoas do pensamento divagado e sombrio aonde nos deparamos com uma morte sem utilidade, sem sabor de conquista, aprendizado... o que nos leva a crer, é de nada pelo que passamos tenha valido a pena ou sinceramente, tenha se sobre saído dentro do campo terreno, a "vida".
    Estar consciente de tudo que fiz aqui foi escolha minha e poder resgatar não só aqui, mas, ter um motivo, um porque, para na hora de partir, eu poder simplesmente sorrir. Medos, aflições, angustias... bom, eu vejo todos esses sentimentos como parte dos seres aqui existentes, aonde estão na busca pela compreensão e ainda não acharam o seu ponto de equilíbrio, a sua afinação espiritual. Mas nada de muito recalque, pois possibilidades de mudança todos aqui tem.
Finalmente quero pressupor que, não a vida sem obstáculos, pois sem dificuldades e sofrimento, não existiria Deus para nos ajudar a superar, e caminharíamos de um modo sem sentido, sem rumo e pior, não transcenderíamos.

Cristian Lentz

Claridade

Eu só notei o amanhecer
quando a claridade entrou no seu quarto
e frisou o seu ser,
Vi o seu corpo nu, vi seu rosto e sua silhueta branca
deitada no seu ninho,
Então, em pouco a pouco, de mão em mão,
Fui te tocando, reconhecendo e acordando,
da nossa noite de paixão, de calor,
aonde fizemos de nós, um só no verdadeiro amor.

Cristian Lentz

Estou perdido

Caminhei tanto para chegar em um lugar sem saída,
chorei contra a parede e encarecidamente
eu pedi que alguém aparecesse.
Foi como uma luz no fim do túnel,
você estava lá, como uma fada a me guiar,
por uma floresta que antes era negra,
mas com a sua passagem mudou tudo,
deu tons e beleza.

Por que tem que ser assim,
você tão longe de mim,
fico pensando e não chego a nenhuma conclusão,
somente fico imaginando eu correndo em sua direção,
com o coração na garganta
e uma imensa vontade de te ter nos braços,
sentir os teus abraços
e observar de perto os seus traços.

Estou vagando, sozinho,
estou caindo, perdido,
amor, por que tem que dor tanto?!

Sei que foi tudo tão de repente,
mas foi sincero o que rolou entre a gente,
me desculpa amor, mas não consigo mais ver as tuas fotos,
pois não me encontro nelas, foi a distância,
foi minha culpa, mas só queria um tempo para pensar,
um tempo para você se encontrar e deixar o nosso amor
ganhar de qualquer força que viesse contra.

Estou caindo, perdido,
amor, por que tem que dor tanto?!

Cristian Lentz.

sábado, 4 de agosto de 2012


A chuva vai passar.

Então ventou,
Com o passar do dia o céu fechou,
e eu aqui pensava,
no mesmo instante que olhava,
pela janela.
As luzes que iluminam o seu olhar,
como dois raios e um trovão a trovejar,
nem me davam chance de dizer,
vem aqui meu bem e trás de novo o que um dia
foi meu também.

A gota que eu vi cortar a janela
mostrou o destaque nítido da cidadela,
aonde, aquela menina se escondida,
da chuva de olhares,
raios e tempestades,
gravadas em um só cd ou disk-man,
fantasias mistícas ou o desenho do he-man,
mas mesmo assim,
era só você e eu,
meu bem.

Vai deixando a tarde vir,
que essa chuva vai passar,
com a noite pode sim,
ter uma Lua e estrelas a brilhar,
sem mesmo eu querer,
mas calme-se, pois se perceber,
ainda é eu e você,
meu bem.

Cristian Lentz.

terça-feira, 31 de julho de 2012


Mesmo com a chuva caindo, que seja,
andarei em direção do meu destino.

Estava chegando a hora de tudo mudar,
você no seu sentido e eu sem nada a declarar,
mudo, sem rumo, pensava comigo mesmo,
por que agora, aqui nesse lugar.
Sua mão foi soltando a minha como se estivesse
fazendo aquilo forçada e eu vi o seu semblante
desaparecer perante vários sorrisos de felicidade,
que sempre quiseram ver você ir para longe,
de mim, sem fim, deixar o meu dia literalmente
anoitecer.

A estrada é longa, e a cada passo vai ficando mais frio,
Se eu escrevo essas poesias,
me desculpe, eu sempre tento te ligar e ficar mudo,
pois sua voz, me deixa em outro mundo,
realmente eu me culpo, mas queria ver você,
descer desse céu cinza e fazer,
tudo clarear, fazer a minha mente clarear,
e não mais esperar por uma resposta.

Mas você não vem,
e meus dedos apenas correm, nessa máquina de escrever,
marcando o que um dia eu pensei e te disse veja bem,
sempre fomos felizes quando estávamos sozinhos
e você sabe muito bem disso, minha amiga, meu vício.

Vou sentar na beira da rodovia,
e ficar reparando o céu,
deixar que as gotas dessa chuva, penetrem na minha alma
e remova, todas as lembranças e deixe apenas a esperança,
de que um dia, passamos por essa mesma estrada,
com nossos sonhos e manias.

Meu amor, desculpe-me,
estou ferido, mas ainda não estou morto
e muito menos sumido.
Apenas esperando o momento certo, para voltar
e aquecer o nosso abrigo.

domingo, 29 de julho de 2012


Final de Tarde

Essa me faz lembrar,
dos dias que passaram
e eu estive com você nesse lugar,
mesmo com um pouco de azar,
dispensei as escolhas que eu tinha
e dei uma chance para a palavra "amar".

Foram momentos únicos,
que de poucos em poucos,
transformaram-sem em muitos
e tu amorzinho, estava todinho,
cabelo e boné curtidos no mesmo sentido,
enquanto a minha boca, falava com a outra,
em duas línguas, tocar e olhar,
soavam-se as rimas, uma sincronia,
fazendo poesia.

Ahh, aquela tarde,
um pouco sua,
mas tão minha.

Cristian Lentz

sexta-feira, 27 de julho de 2012


Uma noite em der Schwarzwald.

Floresta cinza,
parado na frente da janela espio-a pela cortina,
sem saber que ao amanhecer,
ela fica laranja na parte de cima,
mas a névoa que contém em baixo,
esconde os prantos das almas,
que perderam-se ali um dia.

Dor imensa,
sem parede, sem ter fim,
no estrago em que fez,
deixou marcas afim
de lembrar daqueles que partiram sem sorrir,
é, triste assim.

Tento fechar os olhos e descansar,
mesmo que o segundo no ponteiro
soar tic-tac,
vou orar,
para que eles não queiram levantar.

Cristian Lentz

Segredo


Eu ainda não sei,
Como se passou tanto tempo desde que fiquei,
Órfão de mim mesmo, largado no vento,
Cabeça fritando sobre o cair do sereno,
Pensando em ter e dever, para agradar ninguém mais do que você.

Senti-me congelar,
Com os olhos abertos, coração e flor no ar,
Os pingos que caiam,
Ainda davam vida a aquele lugar.

Tão deserto de almas,
Tão secreto para nós,
Tudo esfumaçado e apagado,
Em um só grito, um só nó,
Perdido como um valioso segredo,
Assim a sós.

Cristian Lentz

domingo, 22 de julho de 2012


Desabafo

Certo ou errado, por onde começar,
a que tantos motivos atribuo o fato de não aceitar,
a volta para casa, a ida para faixa, pela estrada,
aonde sempre quis andar.
Violão na mão é o meu sonho,
curtir sorrisos, estar em braços amigos,
como sempre estive, foi sim o esboço do começo,
ao certo, renascimento.

Cheguei a pensar que odiar seria o caminho mais fácil
para esquecer e voltar,
a ser uma pessoa estranha, obscura,
sem sintomas de amor,
ou coisas com doses duplas.

Desde que recebi você, um ser diferente,
estranho, mas acéfalo consciente,
eu aprendi o que era aprender e aceitar,
de fato, cheguei a colecionar,
momentos bons e ruins,
dias tristes, porem afins,
que transcorriam de forma singular,
acabando no sorriso doce e aconchegante,
dos pés pequenos que caminhavam em nosso lar.

Se esquecer não é possível,
será fingir o bom caminho!?
Não creio, mas amizade e respeito,
por ti, já é uma parte do começo,
Amor e consciência no peito,
será sempre assim daqui para frente,
estando vocês dois felizes e bem,
a sensação de dever comprido vai-me acompanhar
Como um suspiro de alívio.

Cristian Lentz

quinta-feira, 19 de julho de 2012


Mais um tempo comigo

Quero ficar pensando hoje a noite,
se o que eu vivi todo aquele tempo foi mesmo,
um pouco do que tinha que ser antes,
antes de tudo isso,
pensando bem,
não ter passado,
eu sim, não teria aprendido.

Tanto tempo para te esquecer,
Eu via, correr entre rua e janela,
aquela gota discreta,
cortando o vidro
e mostrando o cinza na cidadela.

Pensei alto e acabei me assustando,
pois nunca tinha reparado que o bom de estar sozinho,
é estar comigo mesmo, a unica pessoa que esteve
aqui o tempo todo.

Cristian Lentz

Sem limites

Sem chuva, sem evasão,
o pouso fica mais distante,
contato do ser calmo,
e o de destruição.

Viver entre cimento, pedras e fuligem,
algumas vidas verdes,
outras vermelhas
que já estão em seu limite.

Tão perto, mas tão longe,
te vi congelar para sempre,
magoar, intristecer o meu coração,
tem ter feito nada, ser ter razão.

Ficaria feliz em te ver de novo,
alegre, viva, corada,
quem sabe um dia,
nos encontraremos minha querida,
de novo, em outra estrada.

Cristian Lentz

sexta-feira, 15 de junho de 2012


Coração aquecido.

Vamos poder começar a dançar,
Descalço na areia, buscando alguma maneira,
De poder observar,
O jeito que você gira, feito pedra que lima,
Entre fresta e fechadura,
O seu quarto, a sua bagunça,
Um pouco da sua vida.

Trazendo o cobertor como o seu manto,
Dá o calor enquanto a xícara viu aquecendo,
As mãos frias em frente à lareira
Que com suas chamas se cria,
Desenhos, entalhos e fuligem na madeira,
Esquentando você menina,
Com certa ousadia.

Enquanto o tempo vai passando,
Você fica ai se perguntando,
Se deve fazer, ou se é o certo correr,
por esse alguém.

Faz assim, desce na praia amanhã,
Pede a ele mais um sonho bom,
Quem sabe pode viajar, por um segundo para bem longe,
Sem ao menos deixar o seu lugar, ao lado dele.

Então sorria, mantenha essa alegria,
Congele essa paz, essa harmonia
E venha ser só minha,
Só minha menina.

Cristian Lentz

segunda-feira, 4 de junho de 2012


Coração Viajante.

Como navegar em águas profundas sem medo de afundar,
Travar batalhas profundas com a mãe natureza,
Tempestades em alto mar.
Dentro do coração, sozinho eu vou então,
Navegar em águas rasas e profundas,
Brilhar no horizonte,
Como farol guiando um viajante,
Sem rumo.

Só por alguns dias, algumas semanas, alguns anos,
vou me esquecer dentro de mim,
Para não ter que viajar para longe,
Em estado físico desistir,
De tudo o que pensei em ser e existir.

Cai chuva,
Cai e me toca.
Com palavras tão gostosas,
Tem como não se apaixonar?

Como os meus pensamentos podem ser tão tocantes,
Em um instante me conforta e outro me machuca,
Mas como chuva vem e escoa então,
Para que esse cansado coração volte a ser como antes!

Vai e molha,
Rumo a vida,
Trajeto é a rua, a floresta,
Depois volta a evaporar,
E me observar lá de cima.

Ventila com a brisa,
Vejo a frente uma terra,
Tão grande, tão dispersa,
Penso eu, nela eu quero ficar,
Quero eu, agora atracar,
Meu barco, meu navio,
Meu coração sem cantil,
Com sede esta frágil.

Precisa de cuidados,
Esta querendo um favor,
Pois cansado de só ter rancor alheio,
Viajar já lhe esgotou,
Voltar foi sua escolha,
Para amar quem sempre se preocupou,
Com carinho,
E pensamento inverso do que antes,
Quando estava sozinho,
Queria calor amigo,
De algum companheiro, um passarinho,
Que com o canto, o encantou, envolvendo-o de novo no amor.

Cristian Lentz

domingo, 3 de junho de 2012


Sol e venda.

Deprimente é mente sã,
Que andam vendados e sorrindo,
Tomando choque e carregando os partidos.

Realmente me enlouqueço,
Com teores etílicos,
Cada vez mais pensando que depressão
Não é dor no coração,
Mas com certeza criação de uma nação
Que cega os olhos diante da corrupção.

Cachoeiras de lágrimas,
Banham os que vão para o trabalho
Dia e noite em busca do pão.

Mas mesmo assim vai ficar tudo bem
O polêmico clichê do horário politico na TV,
Continuará a se sustentar de nós,
Como sanguessugas nas costas do povo,
Pedindo seus votos nas ruas,
Mentindo para pós-eleição,
Virar as costas de novo.

E mais um ano que passa,
Começa assim o medo do cidadão,
Trabalhar, suar e se sacrificar,
Para acabar na boca do leão.

Cristian Lentz.

quarta-feira, 30 de maio de 2012



Não vou mais estar aqui.

Não é só saber falar,
as lágrimas que caem
de nada servem para argumentar,
você tem que entender
que a sua vida é você
que tem que arrumar.

Eu vim aqui para ajudar,
mas não confunda carinho e amizade,
com vontade de voltar,
As nossas mãos juntas
com o sol alto abala as nossas vidas
e resgatando as lembranças,
consolidando as nossas lutas.

Não esqueça de rever,
o sonho que
se criou dentro de outro e sem
esquecer,
a chuva que passou, caiu e nem molhou...

Você tem que entender
que a sua vida, que a sua vida
é você,
que tem que arrumar.

Cristian Lentz

sábado, 26 de maio de 2012


De um pólo ao outro.

Eu que vivi perdido em mim,
Passando nas manhãs vendo
Semblantes triste a ir e vir.

Muitos estão enfraquecendo
E poucos são os que fortalecem
O tempo perdido com um sorriso,
Alguns verdadeiros,
Outros desonestos.

A que ponto a desonestidade é invalida,
Tenho eu que dizer tudo o que eu sinto
Para ver o que vocês acham.
Minha felicidade és momentânea,
Incerta se considera, um tanto mecânica.

E...

Perdem-se ao poucos com os mesmos motivos,
Consideram-se uns loucos, regressivos,
Cabeças ocas e corpos com espinhos.

Essa vida que se estica,
Entre ruas e vielas,
Parada de ônibus
E shopping na parte mais critica da cidadela,
Vai contornando a depressão, o esboço,
Em cada olhar, vai criando um poço,
Um cultivo de sementes tristes,
Para a árvore do desgosto,
Enfim nascer ao meio alheio,
O povo.

Cristian Lentz.

sexta-feira, 25 de maio de 2012


Um segundo e já perco o ar.

Sem força no corpo,
Eu tento não deixar de gostar,
A sensação de pairar,
Um segundo levitar.

A maior parte dessa vontade,
Vem do seu jogo de olhar,
Que me alucina, me mata,
Vem e tende a me embaraçar.

São seus cabelos,
És a tua boca,
Vem do seu corpo,
O meu copo,
Com dois dedos de água
E muita sede para saciar.

Não se abale arressem é 4:20,
Não me diga muito tempo,
Em poucas cinzas, rezina,
Vem e me alucina.

Trás de volta o que levou,
Nesse segundo,
O ponteiro grande emperrou,
Dentro de mim,
Assim se congelou.

Grande é o meu desespero,
Pequeno é o seu tempo,
Aqui onde tudo é tão frio,
Tudo é tão intenso.

Cristian Lentz

sábado, 19 de maio de 2012


Mãe Natureza

Tamanha depressão
que o homem causa ao seu anfitrião,
descabela e deixa careca o sertão,
trazendo para dentro da floresta
virgem uma zona de destruição.

Tamanha evolução
que o homem mostrou nessa ocasião,
fundação dentro de rios, escoamento ganancioso,
lagos com suas hordas de peixes,
malditos seres impetuosos que estragam a beleza,
para construir algo com tristeza.

transfigurando e repintando
todo esse arco-íris,
vai matando e deixando
tudo num imenso gris.
Vai assim,
Tornando o monumento natural,
Em uma grande estátua,
com aparência sobrenatural.

A foto impressa,
retrata a vida congelada,
de quem passa por uma mudança forçada,
uma plástica,
Pura estética montada.

Nossa mãe com a sua beleza,
pede ajuda para estancar essa tristeza,
Raiva ela não tem,
mas é triste,
Ver quem nos sustentou, estar tendo
que virar uma grande esfinge.

Cristian Lentz

sexta-feira, 18 de maio de 2012


Câncer

Feito corrente,
Sua função é fazer força, tencionar,
Efeito surpreendente,
Você se parte, em seu elo mais fraco,
Sensível, instável.

Aos poucos vai tomando conhecimento,
Do seu valor e crescimento,
Sem menos vai tomando desprezo
Que tem pelos outros,
O tempo todo.

A função prática vira alienação,
Assim como os afagos,
Que surgem por pura exclamação.

São visões passageiras,
Mentiras que foram desfeitas,
Tratados descombinados,
De uma existência cobiçada apenas pela beleza.

Cristian Lentz

quarta-feira, 16 de maio de 2012


A praia.


Até onde eu sei,
O sol aparece de forma simbólica,
Criando esperança,
Em quem não acredita
Em revira-voltas. 


No momento que bebo,
A água de coco e mato, sacio ou calo essa dor,
Nem mesmo me vejo, me sinto
E me deparo sem o meu óculos protetor.


Que bate ao vento, desalento,
Vai levando tudo sem parar,
Formando dunas entre mar e laguna,
Tapando qualquer memória dura,
Trazendo vontade de uma necessidade,
Que é voltar a sonhar.


Cristian Lentz

terça-feira, 15 de maio de 2012


Então

Caminhando eu vou admirando,
O trajeto que fazíamos,
E não me preocupo,
Com o que eu vou achar durante o percurso.

Folhas pelo chão vão desenhando,
O sucesso que a estação tem ao passar do ano,
E o banco que costumávamos,
Sentar para sonhar,
Está um tanto velho e desproporcionado.
É, este lugar nunca mais vai voltar.

Mas vou sim,
Fazer dele um refugio para mim,
Construir o bem que restou aqui.
Você melhor do que eu sabe,
Que em uma natureza morta,
Pode vir a florescer e crescer,
Uma vida com novas expectativas,
Novas certezas.

Vai então anoitecendo,
O brilho que transcorre no lago,
Com o seu alento,
Vai deixando tudo tão improvisado,
Tudo tão desenhado de modo inesperado e incerto.

Poderia ficar por aqui,
Mas tenho que ir,
Guardando uma certeza no olhar,
Guardando o que for para nunca mais deixar,
Esse lugar se apagar e você ir embora sem se despedir,
E a chave para isso, vem da saudade que eu sinto,
De estar ai contigo,
De compartilhar o teu sorriso.

Mas vou indo,
Deixando para outro dia quem sabe,
Chegar aqui e te relembrar de novo,
Rever o teu semblante em meio a claridade
Que vem entre as árvores.
Relembrar um sonho que como rio,
Corre sempre renovando, reciproco em seu tamanho,
Em seu mundo, minha visão sobre
O amor, sobre o ser humano.

Cristian Lentz.

segunda-feira, 14 de maio de 2012


Por Trás dos Meus Olhos.

Vou começar a respirar a ultima folha,
Para tentar dar a volta por cima,
Antes que escureça,
E não se entenda,
Por que você partiu sem me dar escolha.

Reviver a solidão em um quadro seu,
Matar a minha vontade no que não aconteceu,
Como eu pensei, sempre rezei,
Eu queria ser só teu.

Vou parar a frente da porta,
E olhar para a sala,
Relembrar como foram as nossas noites tortas.
Vou andar pelo corredor,
Te imaginando na frente do espelho,
Tentar sentir o seu cheiro,
O seu amor.

Mas mesmo assim,
Virá aquele sentimento dentro de mim,
Que ira lembrar que tudo realmente acabou,
Você foi embora de um jeito,
E de outro nunca mais voltou.

Fará eu entrar em desespero,
Consolado com a dor que mora aqui dentro do meu peito,
Sinceramente isso é tudo o que restou,
Uma incômoda flor com espinhos.

Aqui dentro mora a flor,
Com seu espinhos,
Que não cicatrizam.
Aqui dentro mora a dor,
Que conduziu ao nascimento,
Do amor,
Que contínuo a me matar com o seu nítido.

O seu reflexo.

Cristian Lentz

sábado, 12 de maio de 2012


Sentido

Sentado olhando,
O branco que se forma no céu,
Enquanto as nuvens vão dando,
Contorno eu sinto o fel,
Vertendo lágrimas do mundo,
Escurece o dia,
Em apenas alguns segundos.

Entro para acalmar os meus pensamentos,
Que me consomem por todos os momentos,
Parado no tempo.

Rotina cinza,
Uniforme é o paletó,
Mesmo sentado aqui sobre o céu,
Vejo a vida passando e ainda me sinto só.

Cada vez mais vai ficando insuportável,
A certeza de acordar sem ver a tua aparência,
Um ser formidável.

Correndo entre estrelas,
Luz solar e rapidez de um cometa.
Acaricia-me com as tuas risadas,
Que fazem-me viver a cada dia mais,
Nesse planeta.

Querido ser,
Que fez-me entender,
Tudo na vida tem um sentido,
E um porque.

Eu e você.

Cristian Lentz

quinta-feira, 10 de maio de 2012


Esperança

Não é de hoje que eu invado a noite,
Em busca de alegria na esperança,
De conforto nas lembranças.

Perco o pouco do meu tempo,
Me refazendo,
Entre idéias que se estalam,
Virtuosos flashs que se embalam,
Em um grande sentimento,
Duro de assistir partir.

Vida longa ao rei,
Gritam eles antes de saber que serei,
Derrotado.
Nada que eu tenha a temer,
Meu sentido um tanto fraco com o golpe,
Só tem a me fortalecer,
Com o amor e a compaixão dos que estão comigo,
Vai crescer e surpreender,
Qualquer ser.

Minha lucidez irá voltar,
Com o meu foco,
Que é a minha estrela guia.

Cheio de pureza, cachos de anjo,
Olhar de inocência e preço de diamante.

E sem se ofuscar vão brilhar bem mais,
Do que a minha alma noturna,
Que sempre buscou alegria na esperança
De perder essa dor profunda.

A qual sua falta faz nas horas,
Em que os ponteiros não querem andar,
Nesse solitário e vazio,
Lar.

Cristian Lentz

segunda-feira, 7 de maio de 2012


Amargura

Acordei pela manhã, pálido, sem gosto,
Sem cheiro, sem sorriso no rosto.
Sinto minha alma devastada,
E minha casa é o refúgio seguro,
Onde atras da porta do meu quarto eu vejo o mundo.
Estou com medo de sorrisos e abraços,
Que por sua vez te laçam e fazem o laço,
Eterno, amargo, tristonho e inacabável.

Carreiras de harmonia só servem,
Para quem não percebem sorrisos.
Ventilação do ser intimo,
Só serve para aqueles que entendem
Que o amor é além do que contato físico.

Nossas vidas tão prejudicadas,
Não pelo tempo, não pela incerteza,
Apenas por nossos momentos,
Aqueles que tínhamos que seria
Para a vida inteira.

Cristian Lentz

domingo, 6 de maio de 2012


Meu reflexo

Vem meu bem, trazer em passos quentes,
A alta valorização dos sentimentos que deixei ser semente.
Desprender-me do que era evidente, "meu ponto crente",
Arrancando assim todo o mal dentro da minha mente,
Meu espelho, meu amor.

Então se perco-me em um tempo bom,
Foi quando você veio com a estação,
E levou aquela dor,
Com codinome rancor.

Vejo você aqui em minha frente,
Aonde prendo-me,
A rotina dolorida,
Tentando desviar os passos de sofrimento,
Constados no olhar de cada dia.

Mas eu fui mais além,
E falei que ninguém é assim como ele,
É eu fui mais além, sem perceber,
Que meu erro foi alimentar você,
Meu amor, meu rancor,
Meu querido gênio.

Cristian Lentz

sexta-feira, 4 de maio de 2012


Distorção de sentença.

Às vezes é conseqüente,
Criar-se um personagem sem saber
O que realmente se sente.
Nada que vale a pena,
Na frente dessa avenida cheia,
De incertezas.
Eu me desprendo, me ausento,
Sobre ponho os teus anseios.

Cabe a mim querer voar,
Não que a escolha de muitos
Me deixe anestesiado
E sem vontade de pensar, quem sabe sonhar!
Mas nem todo sentimento,
Vem feito
Pedra de rio,
Liso e perfeito,
Para um lançamento,
Em um momento,
Em que você só quer brincar,
De Três-Marias.

Sem ponto eu afio o conto,
Com frases que vão de encontro,
Ao seu pensamento, te confundo,
É eu sei,
Te enlouqueço,
Mas esse é o meu grande momento.

Foi parando para analisar,
Todo o tempo que perdi,
Na hora que era para eu aproveitar,
Que eu realmente conclui,
viver loucamente é melhor forma
Que eu pude escolher para mim.

Cristian Lentz.

quinta-feira, 3 de maio de 2012


Paraíso Astral

Queria tanto te falar,
Mas o segundo veio e antecedeu,
Perdi o ar para continuar,
Pensamento que era forte, enfraqueceu.
Eu te olhava com uma certeza,
De que nada iria mudar,
Promessas disseminavam a vontade que eu tinha,
Em ter você em qualquer instante,
Em qualquer lugar.

Ser a sua máscara,
Me envolver na tua mística,
Outorgar aquela semana,
A mais importante da tua vida.

Me sincronizo, mesmo não estando afim,
Sei disso, mas tenho,
Pois nasci com a característica assim,
Estar conectada a ti.
Se esbanja sexualidade, eu tenho timidez,
Se me toca com vontade, eu me afogo em lucidez,
Vem e me mostra compaixão e amor-próprio,
E eu fico alienada, na tua beleza,
Acabo por te querer como o meu ópio.

Sei bem as conseqüências, desse sentimento,
Dessa conexão, quem dera eu,
Poder ser forte,
Mandar no coração.

Cristian Lentz

quarta-feira, 2 de maio de 2012


Nem vi você chegar.

Tenho companhia para agora,
Através dessa tela que a enquadra,
E me sufoca.
Viva e de pele macia,
Branca de aroma que encanta, trás alegria
E leva a minha tristeza,
Que tinha como poesia, as frases tristes
Que eu fazia.

Ainda sou o mesmo, mas de tom desmoderado,
O cinza que antes permanecia em
Grande parte do sentimento,
Agora vira e vem corado.
Na vontade de ter você na minha cama,
Perfeita, me enfeita,
Tão rápida, me deixa,
Assim, louco por ti,
Vem e me encanta.

No instante mais triste,
Apareceu e consertou,
Aquilo que parecia impossível.
Agora me sinto vivo de novo,
E com você quero
Passar por muitos momentos,
Juntos, meu amor.

Cristian Lentz

segunda-feira, 30 de abril de 2012


Amadurecer

Veja a frente como foi acentuada,
Uma curva na vida, e o carro na estrada.
Corra, mas não vá de pressa,
O estilhaço na rua, a beleza que espera.

Passarinho no poste quer aprender a voar,
Canta alto ao relento começando a ensaiar
O bater das asas.
Vento que o assopra, feito nuvem empurra-o a sorte,
Parecendo um planador,
Carretel de penas, deixa tudo com mais cor.

Vai se dirigindo, correndo o lápis, manuscrito,
Folheando a preguiça com um grito,
Lembrando que ao sair da casca
Foi como dar a curva,
Na hora de ter nascido em meio ao ninho,
Não escolheu, mas nasceu,
Como menor e mais feinho.

Esqueça as deficiências,
Lute e procure as tuas essências.
O passarinho queria demais aprender a ser forte e voar,
Se concentrou e ensaiou,
Com muita sorte acertou e mudou,
O destino que entrelaçou a curva acentuada,
Se transformou em uma reta bem sinalizada,
Aonde ele voou e pousou,
No aeroporto seguro,
O seu berço, o ninho.

Cristian Lentz

Semblante

Não te desespere, veja a avenida
Que arranha da tua casa, a tua moradia.
Abre a ventana e veja ainda é dia,
Multidão que se desenha como rastro de formigas,
Para tudo e soam as buzinas.

Carretas de bandeiras, corcéis iluminados,
Com mil alto falantes e discursos
A serem travados.
Encaminha sensações,
Despertando do leito
Desse rio negro, foliões, partidários
Com suas expressões.

É o céu, feito réu,
É a praça, feito palco de batalha,
E é a vida, fina, frágil,
Vivida com alegria,
Na tarde que se encaminha
Para a vitória pretendida.

Vejo daqui do alto de todas as pirâmides,
E digo a você meu querido amante,
Não se desespere, pois tudo, se consegue
Mantendo tal semblante.

Cristian Lentz

sábado, 28 de abril de 2012


Safra

A chegada repentina,
De quem lavra sem alma, mecanicistas,
Bate a enxada na terra, assolapada,
Acaba sua tarefa.

A ventania que vem
E passa entre os pés de café,
Apanha todos os seus bens,
E solta a correnteza que vai aterrorizar
Quem ainda tinha fé.
Tudo posto e tratado com gosto,
Nessa terra aonde o suor semeia a vida com esforço.

O choro da criança e a carroça que é puxada,
Animal de quatro patas,
Também sente as dores de uma longa quadra.

A vela que hoje foi acesa, logo estará apagada,
Correnteza que empurra folhas finas,
E encontra o grão dourado que todos colhiam,
Deixa rastros dele pela estrada,
Destruindo tudo, sem esquecer de nada,
Acaba precocemente a época,
A tão esperada safra.

Cristian Lentz

segunda-feira, 23 de abril de 2012



Quando gostamos, sempre superamos.

Às vezes acontecimentos, nos fazem mudar de direção,
eles tendem a nos fazer recalcular rotas e sermos cautelosos,
é dificil como um não é visto,
é dolorido a imensa curva ou o contorno que tem que se fazer
entorno daquilo que foi pensado e sonhado.
Somos Fênix.
Sempre que chegamos ao destino, ressurgimos,
e começamos a traçar tudo de novo, como um pássaro que voa de encontro ao horizonte
alguns completam o destino, outros completam mas com deficiência
e outros morrem no caminho.

"Não me sinto mais a favor, me olho no espelho e não me acho bonito,
tenho a sensação de que cheguei a um destino,
e tenho medo de voar e não alcançar,
o próximo lugar, desculpa quando estou triste não consigo falar e só recitar,
mas me acho muito longe de quem eu fui, e sei isso é ruim,
não se sentir no mercado e não ter outra forma de interagir a não ser o que eu falo,
é difícil, mas não consigo sorrir.
Minhas mãos soam quando tenho que pensar,
minha paciência se extingue quando eu tenho que entrar em uma fila
e meu corpo me ama, quando eu encontro a minha cama".


Cristian Lentz

sábado, 21 de abril de 2012



Quem vai acalmar, minhas mãos tremulas.

Qual será a forma da minha morte?

Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa a bater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, acaba por bater a cabeça no meio-fio...


Quem irá se surpreender, irá lembrar,
irá chorar e irá sofrer.
Até aonde vão cuidar de mim em um estado terminal, enfim,
sei que isso é incomodativo, mas quero saber,
quem na verdade vai ser, 
prestativo e não vai me deixar passar por meus últimos momentos sozinho.

Thais Amaral e Cristian Lentz.
"Cada dia é como um vinho,
tem seu gosto, seu aroma e sua safra.
Algumas pessoas custam a dar risadas,
que as vezes saem forçadas, 
com caras complicadas,
estragam o vinho, 
seu lindo momento mostrasse rompido 
e ao anoitecer vão deixando sorrisos 
de frestas com mais pressa,
apagando qualquer luz, 
tirando qualquer odor,
vai deixando tudo escuro,
com mais dor".

Cristian Lentz

quinta-feira, 19 de abril de 2012

"Tão branca e quase nua,
toco-te a pele assim,
em semi-lábios afim,
de saciar a minha sede, 
és tão branca a sua alma,
que me lembra a cor do leite,
algo tão puro e com vigor,
que da até sustento a um recém-nascido".

Cristian Lentz
"Contorno meus traços 
Na espera de encontrar o que não acho, 
Vertentes caem, 
Escorrem por entre as paredes, 
Disseminando em si 
Tudo o que um dia esteve guardado dentro de mim. 
Como um álbum de lembranças 
Me vejo sem qualquer esperança, 
De ser eu de novo, 
Parada a frente desse vasto e perplexo 
Espelho".

Cristian Lentz.
To trancado no meu quarto feito um adolescente na puberdade, 
mas o fato é que lá fora não se acha nada que cubra a nossa necessidade,
nem vejo mais graça, sair daqui, para ter que me irritar ali 
pessoas dizem que não sou mais o mesmo, não sorrio, não brinco, não deixo, 
mais ninguém se aproximar com a mesma freqüência 
cara 
é tudo que nos correspondeu nesse meio tempo, 
nessa passagem, tantas decepções, acho que na verdade,
seria bom quando meus pais, não queriam que eu saísse,
e só estudasse
aff
que cara mais idiota, se perdeu por algumas drogas,
paixonites e agora acha tudo tão ruim, não,
é que se tu parar vai ver, que não é só eu.
esta rolando geral, como uma doença, a juventude que era forte,
passou a decadente, e cada vez mais cresce abalada,
analfabetos funcionais, alienados, sem vontade de pensar,
acham que pensar é sentar e fazer um cálculo, extrair e somar
o lado intelectual esta se extinguindo, sem que dêem uma chance a ele,
mas é normal, ser humano já viu muita coisa se extinguir
isso vai dar história
vai preencher páginas
vai dar estudo
será interessante,
quando os nossos chapéus tiverem duas orelhas de burro.
ai
deu
para.

Cristian Lentz
‎"Queria o tempo certo,
para poder te fazer conhecer,
o que eu quero.
Mais também queria o tempo mais incerto,
para quando você estivesse perto,
ele parasse de correr".

Cristian Lentz.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

"Te amo" não é "bom dia" 

Hoje eu não vou 
Querer falar de amor, 
Lembrar de você 
E saber que nada que rolou, 
Não passou, 
De um ato de mentira sua 
E que me causou muita dor. 

E ser para você, 
Tudo o que eu sonhei, 
É, eu vi, 
Quebrou-se as chances que eu dei pra ti. 

Os versos não se alimentam, 
De partes separadas de uma poesia, 
Que me vem a cabeça todos os dias. 
Devolva-me todos aqueles momentos, 
Todos aqueles sentimentos. 

Não quero ver você sarar, 
Nem muito menos esperar, 
Que eu vá correr atrás. 

E ser para você, 
Tudo o que eu sonhei, 
É, eu vi, 
Quebrou-se as chances de acontecer, 
Aquilo que um dia eu sempre quis.

Cristian Lentz

segunda-feira, 16 de abril de 2012


Esse lugar

Não se sabe aonde ele foi,
Só se sabe que está em todo lugar,
Refletindo sua vida nas vidraças,
Esperando que um dia
Alguém saiba,
Que foi difícil chegar
A esse lugar.

E tem gente que diz que viu sim,
Ele por ai,
Subvertendo as esquinas de manhã,
Transformando sentimentos
Em um grande imã,
Para quem não quiser ouvir,
Em cafeterias, bares ou quem ainda
Esta a dormir.

Sentado na hora do café
Ele mata a sua vontade a nescafé,
Pode mexer a colher e entender,
Que a vida não é como se quer.

E tem gente que diz que viu sim,
Ele por ai,
Subvertendo as esquinas de manhã,
Transformando sentimentos
Em um grande imã.

Cristian Lentz.

sexta-feira, 13 de abril de 2012


Boas Memórias.


Meu prazer em te tocar,
de certa forma é o olhar.
Penetro em tua alma,
viajando por entre planos,
que vastos são estes campos,
aonde o prado com orvalho em seu encanto,
resfria-te o sentimento
que adormecido, eu busco e insiro,
o calor do meu amor
sobre o seu perplexo intimo,
acabando com qualquer dor.


guardar em você uma parte de tudo o que senti
e tocando a tela com o pincel eu posso sim,
transcorrer em ti,
esse rio que mora dentro de mim.


Oh meu amor, transformando esse drama, essa dor,
numa nascente que vai dando vida, deixando tudo com mais cor,
condensa-me o teu perfume, a tua essência,
e cria dentro de mim uma nova existência.
Quero fazer parte de você, da sua vida,
quero te tocar como as ondas tocam as pedras,
como a chuva toca as plantas quando se chove em uma floresta.


Mas se um dia isso não acontecer, triste eu não ficarei,
pois eu sei, que no seu intimo,
eu sempre viverei,
como lembranças valiosas, de um amor que mesmo com demora,
veio e depois foi embora,
deixando em ti apenas boas memórias.

Cristian Lentz.

quinta-feira, 12 de abril de 2012


Transformando em dunas as memórias

O vento sopra devagar,
tirando toda a areia
que fica em cima da mesa da sacada.
já faz tempo que não partimos
a um lugar sem destino,
dentro dos nossos próprios pensamentos, fazemos,
estações de chegada e partida,
entre linhas e ferrovias, amor e perturbação,
nosso futuro em malas de couro, indo para outra dimensão.

e eu não sei mais, se fazer sonhar
é o mesmo gosto de poder virar,
para o seu rosto e dizer,
que façamos tudo isso de novo meu bem..

..você me entende.

Já podemos nos deparar com fantasias na páscoa,
e poder comemorar o nascimento de nossas primeiras lágrimas.
uhuu não poder amar, é seguir de forma irracional,
tudo o que já tínhamos sonhado..

..pensei que havia curado essa dor, meu amor.

Como eu queria ser como o vento,
e poder vir batendo,
transformando em dunas as memórias,
criando em muitas pessoas o amor em vez da revolta.
Olhar para o passado só traz,
dificuldade para a força de vontade,
que temos para mudar..

..eu e você rindo um do outro,
e tudo bem, querendo sempre a cada dia
mais e mais pedaços de você e de mais ninguém.

Cristian Lentz


Nosso quarto,
tão sossegado, 
mostra nos como é quieto e estável, 
vazio da mente, 
mostra nos com o tempo 
o quanto insano é nossos interesses, 
mesmo ausentes, 
se dissemina como teias de aranhas 
pelas paredes.

Meu quarto,
minha mente.

Cristian Lentz



"Não se sinta triste por não alcançar seus objetivos, olhe para dentro de si e reveja toda a sua trajetória.
O caminho do sucesso é o amor-próprio, o caminho das conquistas é a febre que estala o termômetro dos invejosos, nunca se despeite e deixe que digam não para você, eis de nascer homem,  filho de outro homem e morrer digno por ter alcançado a vida, o que já é uma grande conquista."

Cristian Lentz.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Olhares, promessas e lembranças.

Não sei,
se foi só você quem fez,
essa melodia desandar
no tempo em que fiz você dançar,
aquela valsa.
Entre olhares percebi sua palidez,
fixação minha e sua timidez.

Prometi para mim,
que esse sonho tão leve e saudável,
voltaria assim,
que fosse sustentável.

Fiz de tudo para te proteger,
sem ao menos entender,
que a vontade de retroceder,
não pode ser só minha,
mas também vir de você.

Prometi para mim,
que esse sonho tão leve e saudável,
voltaria assim,
que fosse sustentável.

Deus é quem sabe a força que eu fiz,
para não te deixar partir,
em um trem sem maquinista,
abraçando a sorte e seguindo
a sua vida.

Cristian Lentz.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Soneto para a flor-de-lis.

Esse rostinho que paira,
Cai na ansiedade que o outono prega
E se presa de impor a necessidade
De renovar o mundo, entre a flor e o amor.

Cochila na noite, escura de alegria,
Imensa de incerteza,
Te prende o pensamento a imagem de um ser,
Tão singular, é tudo tão eminente.

Dorme minha bela,
Que teus cabelos eu ei de tocar,
Teu rosto eu ei de acariciar,
E seu corpo guardarei em mim,
Dando o conforto necessário,
Para te ver sempre sorrir.

Oh minha sereia, meu querido orvalho,
Que de encantado,
Trás a minha vida o seus retratos, com fotos
Que se enquadram, seu olhares, que ao pensares,
Afoga em mim essa solidão.

Queria te marcar em minha vida,
Como quando olho para o céu e vejo uma estrela guia,
Cadente ou um tanto decadente, se mostra frágil
E fácil de ser percebida.

Quero que saibas,
Que de tanto faz o certo ou errado,
E se a razão e a emoção disputam um lugar dentro da conclusão.

Convicção que tenho por dentro, que ao ver o seu caminhar,
É ao certo a forma que você fez para desencantar
O homem apaixonado por seus lábios, carnudos.

Não viva de dores, pois não só em amores a vida nos da flores
E cores, que fazem você respirar e vivenciar,
Uma forma mais saudável para ser feliz,
Minha linda flor-de-lis.

Cristian Lentz
Renasce o amor.

Sem ter feito o queria,
Ele entra em sua casa,
E molha tudo com gasolina.

Sem ter reparado o passar dos dias,
Se ânsia e se perde,
Por entre partes do nordeste.

Renasce e cresce,
Vivendo o que a vida tem de melhor,
E ao rever, esquece,
Com forças canta igual ao curió.

Linda flor, você já não espeta mais,
E com o tempo que virá,
Morre, deixando a vida toda para traz.
Vento, desalento, passageiro,
Sopra sem parar,
Ventila a sua alma, que se acalma,
Breve noite sem luar.

Vem de si a própria força,
E destrói a desconfiança,
Alcança o céu como o dançar daquela folha,
Apagando-se qualquer lembrança.

Voe, voe, mas nunca deixe de voltar,
Como a linda flor,
Que quando morre,
Deixa na terra a sua semente a germinar.

Cristian Lentz

domingo, 8 de abril de 2012

Achados e Perdidos.

Vivo da minha persistência
Em evoluir,
Prestando atenção
Vejo o orvalho que pelo chão
Tende a se extinguir.
O dia aparece,
Com o sol mostrando todo o seu firmamento,
Não vejo hora para começar a sentir saudade,
Mas meu bem,
Não me deixe sozinho, pois vou ficar
Totalmente sem vontade de você.

Entre Cabides vazios, sopros de lembranças,
Resgato você, minha metade em revés,
Fez sentir-me infeliz ao invés
De me consolar.
Vidrado ao encontrar uma carta sua,
Releio cada linha como fosse a última.
Rir de suas palavras não me confortam,
Pois deixei-me enganar por um amor
Que amei, de certa cor pintei,
A nossa vida.

Você fez parte de momentos bons,
Que não quero esquecer,
Apagar o que de fato é real
É apagar a mim mesmo,
Desfigurando a forma de um ser celestial,
Que veio para desfazer,
O mal que você deixou ao me esquecer.
E ficara gravado cada vez que eu olhar
Para o rosto desse bebê.

Cristian Lentz

Incompreensão

Como o vento bate rápido em seus cabelos,
Gira o mundo, descompassa o meu compasso,
Erro mais que um segundo
E me sinto sufocar.
Tombar ladeira a baixo sem se machucar
É como restaurar uma flor,
Ao ver todas as suas pétalas murchar.

Sabedoria não teme a ignorância,
Teme sim a relevância de se adquirir o conhecimento,
Que por desalento, para alguns é perda de tempo.
Sai pela janela,
Sobe o muro da esquina, se perde na noite,
Por onde vão as andorinhas.

O pedaço de chão, a forma da luz,
O aperto de mão, e a chegada da chuva se coloca o capuz.
Espinho que incomoda é o barco que naufraga,
Aterrissando em sua pele, impertinente sem deixar
Você atuar e escrever,
Como um amor incompreendido não te deixa viver.

Cristian Lentz.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Casa Arrumada.

Parado em frente a essa parede,
Me consolo em fresas e rachaduras,
Que por vez se estendem,
Vasta e perplexa, mente incerta,
Seu intimo por vezes é como uma passagem,
Em que navegaste ao teu misterioso.
Minha mão soldada, segura uma chave,
Mas a claridade tão pouca me ajuda,
Em achar a fechadura.
Noites em Claro, dias em plena escuridão,
Métodos contraceptivos, afogam, sufocam,
Esse lar, submergindo-o em grande solidão.

Quando consegui entrar, me deparei com uma sala de estar,
Tudo muito empoeirado, moveis tapados,
Lençóis brancos marcavam a memória de que residentes,
Já estariam por ali e em algum incidente,
Os fizeram partir.
Pude abrir a janela e enfeitar o jardim,
Sei bem de qual flores você gosta,
Será fácil para mim,
Os dias passam fico a ver a TV, guardado, incerto
Com vontade de você, me chama a atenção uma frase de um filme de ação,
Mesmo por maior violência e desencontros ainda acham tempo para paixão.
-Nunca desanime, pois se não entender,
Vai estar desanimando aqui outro ser.

Essa casa que para nossas vidas
É tão diferente, tão distinta, tão contente,
É pintada com muitas tintas,
Alisada com massa corrida e decorada com muitos presentes,
Intimo nosso, futuro próximo,
Amor seguro, sem acelerar o que já é lógico.

Nosso amor.

Cristian Lentz

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Como é bom sentir a brisa do mar.

Eu que vi o bastante,
Não pude deixar de notar,
Como a brisa do mar toca a nossa alma,
Tão pura, é bem interessante.
Poder sentir a onda bater
E deixar fluir o som que pelos arbustos
Passam entre mim,
criando tanto prazer.

Olhasse tão longe, na espera de encontrar
Um barco a vela a navegar,
É querer perceber o futuro e
Ao mesmo tempo, meio distante,
tentar prever os movimentos
para não deixar as ondas bater.

A maré faz seu ciclo,
e enquanto caminho, vejo a areia
se reconstruindo, entre duna e laguna,
quero ficar nesse ambiente,
que só tem o bem a me oferecer.

A tarde me escoltou, junto com ela você
apareceu,
pode me sentir feliz como o mar é
quando o sol esta para nascer.

Não pude deixar de notar,
como a brisa do mar toca a nossa alma,
tão pura, é bem interessante.
Poder sentir a onda bater
e deixar fluir o som que pelos arbustos
passam entre mim,
e chegam até você.

Cristian Lentz
Por você dar equilíbrio.

Ar com grandes olhos,
olhos que refletem vísceras ,
Ar que vem e volta queimado, em combustão
rege dentro do meu corpo e assopra o meu coração.

Mostrasse em passeios a céu aberto,
como pode ser tão esperto,
me tocas e eu não vejo,
envolve flores, nuvens de gafanhotos
e eu só o descrevo .

Peço a ele um pouco emprestado,
me sinto feliz e satisfeito
com o sustento que me dá ao peito.
Ar de grandes façanhas, compressão e explosão.
rege dentro do meu corpo e assopra o meu coração.

Cristian Lentz

domingo, 1 de abril de 2012

Vida.

Poder voar com os pássaros
E se entrelaçar na sua estrela guia,
Mover as nuvens disparando
Em direção ao espaço
Se destacando e aparecendo até mesmo
aonde as ondas no horizonte se perdem por
traços em um barco que se movia sem vigia.

Pude ver o transcorrer do rio
no mar,
pude perceber que por um simples detalhe
a vida se desfaz,
entre sais e minerais.

Move o vento as hélices
dos cata-ventos, gerando energia,
vida, partículas que nem mesmo podemos
enxergar,
mas sabemos que elas têm o poder
de nos dar, sustentabilidade
e conformidade.

Montanhas de gelo, belas e discretas,
se formam e aparecem,
como um arranha-céu,
transformam a paisagem,
e depois se descongelam e regam
a amazônia e seus igarapés.

A vida dentro de seu ciclo,
Mostra mais que perfeição,
Dançam, atuam e se consolam
Mesmo com tanta destruição.

Me diga, o que você faz para ajudar,
já parou e pensou,
que o que fazes, é menos do que é capaz?

Cristian Lentz
Detalhes

Vasos frios,
Sem olhares arranjados,
Peças nitidas,
Que não se encontram em seu vestuário,
Mal informado ele dança, nem avança,
Numa valsa solitário.
Batendo suas asas,
Se envolve o beija-flor,
Alimenta a sua angústia,
Detalhada em cada petala,
Matando a vontade com frescor.

em soluto, tento me orientar,
perco um minuto,
Presto atenção nos galhos de uma arvore,
tento perceber como será o meu futuro.

Arranjos lindos,
que são feitos para permanecer.
Sem mistério nenhum,
todos sabem que de plantas mortas
e vidas opostas,
o mundo ta cheio, ira de alguém querer.

Detalhes e retalhos,
biografias e memórias postumas,
cada vez que o ser humano se tranforma,
ele engloba, em si
o pedaço dessa terra tão amada por mim

quinta-feira, 29 de março de 2012

Meu bem

Outono canta a despedida da estação.
Vidas feitas de ostentação são como essas folhas
Que caem,
Dançando um Ballet ao final do verão.

A vida se ressurge em quatro frascos,
Fotografia, poesia, filme e a lembrança dos seus traços.
Modo sutil e arrojado,
Não são branco e preto,
Mais vivem de braços dados.

Fuga é um sinal de tiro pela culatra,
Fingimento a parte, erros e dissimulação,
Encaixam como quesitos de um frasco
Sem admiração.

Me distraio a um segundo e os ponteiros
Tendem a me embaraçar,
À hora digna de promessas, acaba por se finar,
Fico pensativo, mas aguardo um momento,
Para dizer que estou vivo,
Estou aqui te dizendo.


Fuga é um sinal de tiro pela culatra,
Saída de emergência que esta mal sinalizada,
Preciso ir embora,
com você, domingos e o resto das semanas,
Me causam medo e arrepios nas entranhas.

Vou sim, vou agora,
Para que o resto seja feito em nossa memória.

Cristian Lentz
Flor


A tarde que todos queriam,
É a mesma de um mês atrás,
Às vezes é seu vestido amor,
Que contagia,
Não deixando as flores brotar.

Com o vento o empurrando,
Balança os galhos mansos, passa tudo sem parar,
Um tanto brando, quanto o entardecer,
Mesmas horas, mesma melodia,
Que desde o ano passado não me deixa a esquecer.

Vi você com o sotaque do bom cidadão,
Passeando pela calçada, descalça
Tomando seu chimarrão.

No entardecer sai de casa
Com ninguém,
Se vê, se lê, se nem alguém,
Sabe o certo quem é você.

Cristian Lentz

Nem vi

Eu que estive tão distante,
E nem vi,
Como soam essas palavras em tão poucas consoantes.
Balões são soltos após o escurecer,
Com chamas por dentro simbolizam
O alvorecer,
Novas ideias, ritmos, estilos,
São consequencias de mentes que pensam em se desfazer,
De tanta pressa, tarde, honesta,
Anos que passam e outros que chegam com prazer.

Olhares nem sempre ditam certezas,
Pessoas que sabem ler detalhes,
Com certeza vêem com mais clareza.
Blocos de anotações com frases
E pensamentos sem nexo,
Trazem mil razões, canções, visões,
Que espelham o teu reflexo.

Sem ter medo,
Caminha sem pressa,
Seguindo o seu samba enredo.
A partida é cedo,
Nem mesmo da tempo para comer,
Chovendo, com vento, não desanima,
Quando chegas em casa,
Até o sesmo lhe da alegria.

Cristian Lentz.
Passeio pelos ponteiros.

Tempo ocioso, de vasta complexidade,
que anima e desanima,
como um vel tapa o céu.
Posso falar de você com vários sentidos,
sem me deixar mostrar
a quanto tempo eu tenho me perdido.

Senhor das horas, dono do clima,
razão de acelaração
e indagação,
é confundido com a senhora vida.
Tempo, tempo, tempo.

Viverei como um ponteiro
e você
como os alfanumericos,
de tanto certo
o incerto,
meu corpo emprestado se devolve
ao tempo eterno.