Total de visualizações de página

segunda-feira, 4 de junho de 2012


Coração Viajante.

Como navegar em águas profundas sem medo de afundar,
Travar batalhas profundas com a mãe natureza,
Tempestades em alto mar.
Dentro do coração, sozinho eu vou então,
Navegar em águas rasas e profundas,
Brilhar no horizonte,
Como farol guiando um viajante,
Sem rumo.

Só por alguns dias, algumas semanas, alguns anos,
vou me esquecer dentro de mim,
Para não ter que viajar para longe,
Em estado físico desistir,
De tudo o que pensei em ser e existir.

Cai chuva,
Cai e me toca.
Com palavras tão gostosas,
Tem como não se apaixonar?

Como os meus pensamentos podem ser tão tocantes,
Em um instante me conforta e outro me machuca,
Mas como chuva vem e escoa então,
Para que esse cansado coração volte a ser como antes!

Vai e molha,
Rumo a vida,
Trajeto é a rua, a floresta,
Depois volta a evaporar,
E me observar lá de cima.

Ventila com a brisa,
Vejo a frente uma terra,
Tão grande, tão dispersa,
Penso eu, nela eu quero ficar,
Quero eu, agora atracar,
Meu barco, meu navio,
Meu coração sem cantil,
Com sede esta frágil.

Precisa de cuidados,
Esta querendo um favor,
Pois cansado de só ter rancor alheio,
Viajar já lhe esgotou,
Voltar foi sua escolha,
Para amar quem sempre se preocupou,
Com carinho,
E pensamento inverso do que antes,
Quando estava sozinho,
Queria calor amigo,
De algum companheiro, um passarinho,
Que com o canto, o encantou, envolvendo-o de novo no amor.

Cristian Lentz

Nenhum comentário:

Postar um comentário