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quinta-feira, 29 de março de 2012

Flor


A tarde que todos queriam,
É a mesma de um mês atrás,
Às vezes é seu vestido amor,
Que contagia,
Não deixando as flores brotar.

Com o vento o empurrando,
Balança os galhos mansos, passa tudo sem parar,
Um tanto brando, quanto o entardecer,
Mesmas horas, mesma melodia,
Que desde o ano passado não me deixa a esquecer.

Vi você com o sotaque do bom cidadão,
Passeando pela calçada, descalça
Tomando seu chimarrão.

No entardecer sai de casa
Com ninguém,
Se vê, se lê, se nem alguém,
Sabe o certo quem é você.

Cristian Lentz

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