Total de visualizações de página
sábado, 28 de abril de 2012
Safra
A chegada repentina,
De quem lavra sem alma, mecanicistas,
Bate a enxada na terra, assolapada,
Acaba sua tarefa.
A ventania que vem
E passa entre os pés de café,
Apanha todos os seus bens,
E solta a correnteza que vai aterrorizar
Quem ainda tinha fé.
Tudo posto e tratado com gosto,
Nessa terra aonde o suor semeia a vida com esforço.
O choro da criança e a carroça que é puxada,
Animal de quatro patas,
Também sente as dores de uma longa quadra.
A vela que hoje foi acesa, logo estará apagada,
Correnteza que empurra folhas finas,
E encontra o grão dourado que todos colhiam,
Deixa rastros dele pela estrada,
Destruindo tudo, sem esquecer de nada,
Acaba precocemente a época,
A tão esperada safra.
Cristian Lentz
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário