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quinta-feira, 29 de março de 2012

Meu bem

Outono canta a despedida da estação.
Vidas feitas de ostentação são como essas folhas
Que caem,
Dançando um Ballet ao final do verão.

A vida se ressurge em quatro frascos,
Fotografia, poesia, filme e a lembrança dos seus traços.
Modo sutil e arrojado,
Não são branco e preto,
Mais vivem de braços dados.

Fuga é um sinal de tiro pela culatra,
Fingimento a parte, erros e dissimulação,
Encaixam como quesitos de um frasco
Sem admiração.

Me distraio a um segundo e os ponteiros
Tendem a me embaraçar,
À hora digna de promessas, acaba por se finar,
Fico pensativo, mas aguardo um momento,
Para dizer que estou vivo,
Estou aqui te dizendo.


Fuga é um sinal de tiro pela culatra,
Saída de emergência que esta mal sinalizada,
Preciso ir embora,
com você, domingos e o resto das semanas,
Me causam medo e arrepios nas entranhas.

Vou sim, vou agora,
Para que o resto seja feito em nossa memória.

Cristian Lentz
Flor


A tarde que todos queriam,
É a mesma de um mês atrás,
Às vezes é seu vestido amor,
Que contagia,
Não deixando as flores brotar.

Com o vento o empurrando,
Balança os galhos mansos, passa tudo sem parar,
Um tanto brando, quanto o entardecer,
Mesmas horas, mesma melodia,
Que desde o ano passado não me deixa a esquecer.

Vi você com o sotaque do bom cidadão,
Passeando pela calçada, descalça
Tomando seu chimarrão.

No entardecer sai de casa
Com ninguém,
Se vê, se lê, se nem alguém,
Sabe o certo quem é você.

Cristian Lentz

Nem vi

Eu que estive tão distante,
E nem vi,
Como soam essas palavras em tão poucas consoantes.
Balões são soltos após o escurecer,
Com chamas por dentro simbolizam
O alvorecer,
Novas ideias, ritmos, estilos,
São consequencias de mentes que pensam em se desfazer,
De tanta pressa, tarde, honesta,
Anos que passam e outros que chegam com prazer.

Olhares nem sempre ditam certezas,
Pessoas que sabem ler detalhes,
Com certeza vêem com mais clareza.
Blocos de anotações com frases
E pensamentos sem nexo,
Trazem mil razões, canções, visões,
Que espelham o teu reflexo.

Sem ter medo,
Caminha sem pressa,
Seguindo o seu samba enredo.
A partida é cedo,
Nem mesmo da tempo para comer,
Chovendo, com vento, não desanima,
Quando chegas em casa,
Até o sesmo lhe da alegria.

Cristian Lentz.
Passeio pelos ponteiros.

Tempo ocioso, de vasta complexidade,
que anima e desanima,
como um vel tapa o céu.
Posso falar de você com vários sentidos,
sem me deixar mostrar
a quanto tempo eu tenho me perdido.

Senhor das horas, dono do clima,
razão de acelaração
e indagação,
é confundido com a senhora vida.
Tempo, tempo, tempo.

Viverei como um ponteiro
e você
como os alfanumericos,
de tanto certo
o incerto,
meu corpo emprestado se devolve
ao tempo eterno.

Fases

Sem querer desmerecer, mas a vida passa e deixa suas chagas, doença, ausência, porta retrato, manifestações de anseio, do corpo negar o fato de ter uma mente sã.
O costurar de três camadas, corpo, mente e alma, não vai ao acaso, fatos são conseqüências de nossos atos e por ventura deixamos sempre algo, um ressentimento, um desejo para traz, a vida é perfeita em suas vias, a decisão, torna hoje o semblante, que outrora, não descreveria o ser perante aos porta-retratos espalhados pelos cantos, em todos os cômodos, em que nada se é e nada se parece com o alguém na frente do espelho.
Imagem, sem sombra de dúvidas a resposta, que nada que fizeste a vida tenha sido válido futuramente.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Passo das Pedras

Como partir sem deixar saudades,
Como ter a liberdade de passar
A tesoura em laços afetivos.
-Com coração vazio
É difícil ser feliz?
Para amadurecer é preciso solidão,
Se espiritualizar, intelectualizar, se aprofundar
Na tarefa de alinhar mente alma,
Já que o corpo se degrada continuamente.

Descobrindo, por vezes o que nós mesmos somos, em partes,
Temos uma novidade,
Sabe aquele jogo que você tem que pisar na placa
De concreto correta,
Se pisar na errada ela se quebra.
Assim vai se revelando a nossa perspectiva de amadurecer,
Como um caminho feito de pedras "O mágico de OZ",
A volta para casa, para o nosso interior,
Nosso refúgio, nosso porto seguro.

Cristian Lentz
A ansiedade traz força para o momento.


O meu reencontro, minha vontade,
Tão breve, tão longa,
Minha ansiedade,
Tão boba, tão tola.
Querendo você a todos os momentos,
Te perco entre os dedos.

Preciso de ar,
Estou no espaço mais a gravidade ainda é zero,
Em terra caminho a alguém,
Que me parece ter voltado do além.
Com seu cabelo loiro e magnitude forte
Me deixa sem sinal, sem o meu norte.

Me pergunto.
-Mas os anjos não vêem do céu!?
E meu interior responde.
-Meu amor,
O céu é um palco, e ela atua, desfila e deslumbra,
Mocidade, maturidade, mulher pequena, de pouca idade.

Estou eu apaixonado,
Com ansiedade,
Tem como manter,
Algo para fortalecer...

Tão breve, tão longo, tão marcante

Cristian Lentz
Mulheres

Breve silêncio,
silêncio que remedia,
me traz semblantes de outrora,
nas noites que se passam vazias.

Figura que representa o seio,
o seio de todo o ser humano,
trajada de estereótipos,
acaba por perder o seu encanto.

Me mostro inquieto, como o temporal
depois de se mostrar inerte e se perde,
por entre bandas do oeste.

Mulheres de neve,
que se modelam e se reinventam,
mostram o que de verdade são por dentro,
o ser mais lindo e cobiçado,
não se pode deixar ser levado,
como folhas secas que caem no outono
vocês são sim o respaldo e a ambição
de complementação a qualquer ser humano.