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sexta-feira, 15 de junho de 2012


Coração aquecido.

Vamos poder começar a dançar,
Descalço na areia, buscando alguma maneira,
De poder observar,
O jeito que você gira, feito pedra que lima,
Entre fresta e fechadura,
O seu quarto, a sua bagunça,
Um pouco da sua vida.

Trazendo o cobertor como o seu manto,
Dá o calor enquanto a xícara viu aquecendo,
As mãos frias em frente à lareira
Que com suas chamas se cria,
Desenhos, entalhos e fuligem na madeira,
Esquentando você menina,
Com certa ousadia.

Enquanto o tempo vai passando,
Você fica ai se perguntando,
Se deve fazer, ou se é o certo correr,
por esse alguém.

Faz assim, desce na praia amanhã,
Pede a ele mais um sonho bom,
Quem sabe pode viajar, por um segundo para bem longe,
Sem ao menos deixar o seu lugar, ao lado dele.

Então sorria, mantenha essa alegria,
Congele essa paz, essa harmonia
E venha ser só minha,
Só minha menina.

Cristian Lentz

segunda-feira, 4 de junho de 2012


Coração Viajante.

Como navegar em águas profundas sem medo de afundar,
Travar batalhas profundas com a mãe natureza,
Tempestades em alto mar.
Dentro do coração, sozinho eu vou então,
Navegar em águas rasas e profundas,
Brilhar no horizonte,
Como farol guiando um viajante,
Sem rumo.

Só por alguns dias, algumas semanas, alguns anos,
vou me esquecer dentro de mim,
Para não ter que viajar para longe,
Em estado físico desistir,
De tudo o que pensei em ser e existir.

Cai chuva,
Cai e me toca.
Com palavras tão gostosas,
Tem como não se apaixonar?

Como os meus pensamentos podem ser tão tocantes,
Em um instante me conforta e outro me machuca,
Mas como chuva vem e escoa então,
Para que esse cansado coração volte a ser como antes!

Vai e molha,
Rumo a vida,
Trajeto é a rua, a floresta,
Depois volta a evaporar,
E me observar lá de cima.

Ventila com a brisa,
Vejo a frente uma terra,
Tão grande, tão dispersa,
Penso eu, nela eu quero ficar,
Quero eu, agora atracar,
Meu barco, meu navio,
Meu coração sem cantil,
Com sede esta frágil.

Precisa de cuidados,
Esta querendo um favor,
Pois cansado de só ter rancor alheio,
Viajar já lhe esgotou,
Voltar foi sua escolha,
Para amar quem sempre se preocupou,
Com carinho,
E pensamento inverso do que antes,
Quando estava sozinho,
Queria calor amigo,
De algum companheiro, um passarinho,
Que com o canto, o encantou, envolvendo-o de novo no amor.

Cristian Lentz

domingo, 3 de junho de 2012


Sol e venda.

Deprimente é mente sã,
Que andam vendados e sorrindo,
Tomando choque e carregando os partidos.

Realmente me enlouqueço,
Com teores etílicos,
Cada vez mais pensando que depressão
Não é dor no coração,
Mas com certeza criação de uma nação
Que cega os olhos diante da corrupção.

Cachoeiras de lágrimas,
Banham os que vão para o trabalho
Dia e noite em busca do pão.

Mas mesmo assim vai ficar tudo bem
O polêmico clichê do horário politico na TV,
Continuará a se sustentar de nós,
Como sanguessugas nas costas do povo,
Pedindo seus votos nas ruas,
Mentindo para pós-eleição,
Virar as costas de novo.

E mais um ano que passa,
Começa assim o medo do cidadão,
Trabalhar, suar e se sacrificar,
Para acabar na boca do leão.

Cristian Lentz.